Velha Estação
Nada mudou na histórica estação,
Onde passavam trens, trens de madeira:
O muro, a tenda, o torniquete, o chão...
Testemunhas da vida rotineira.
Apenas, em lugar da confusão,
Da turba alvoroçada e faladeira,
Uma profunda e triste solidão
Geme na plataforma a tarde inteira.
O capim já se avulta lado a lado,
Num cheiro inconfundível de passado,
Símbolo de esquecida realidade.
Agora, apenas a ilusão mesquinha
Sob a forma da tosca estaçãozinha,
Conservada no signo da saudade.
Renato Aquino - Professor de Língua Portuguesa/Gramática.
Maricá/ Rio de Janeiro.
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