Maricá/RJ,

Leituras


Junho de 2008

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JOSÉ LINS DO REGO : O MENINO DO ENGENHO CORREDOR.

(Direto da Editoria)

José Lins do Rego Cavalcanti, nascido em 3 de junho de 190l, no engenho Corredor, município de Pilar, Estado da Paraíba, nas palavras dos críticos, representa uma época, uma corrente de pensamento, na história da moderna literatura brasileira.
Predominaram em sua obra, o mundo do patriarcalismo rural, as raízes que herdou de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti, seus pais e de sua infância livre de Menino de Engenho, título de seu primeiro livro, escrito em Maceió.
Casou-se aos 23 anos, com Filomena Massa e teve três filhas.
Formou-se em Direito, foi promotor público em Minas Gerais onde permaneceu por pouco tempo. Desistiu de fazer carreira na magistratura, transferiu-se para Alagoas, onde passa a fazer parte de um grupo de escritores formado dentre outros, por: Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda, Jorge de Lima e Valdemar Cavalcanti.
A esta altura, dono de uma literatura própria, consolidou com seu primeiro livro, a respeitada e já premiada posição, de um dos maiores romancistas brasileiros.
Em 1935 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde passou a residir e a fazer jornalismo em alguns jornais cariocas. Exerceu cargos de Direção no Clube de Regatas do Flamengo, na Confederação Brasileira de Desportos e no Conselho Nacional de Desportos. Revelou-se, então, flamenguista apaixonado e dizia “sofrer como um pobre diabo”, quando ia ao futebol. Em 1941, lançou Água-Mãe, cujo cenário é Cabo Frio, cidade do litoral do Rio de Janeiro, onde exercia, na ocasião, o cargo de Fiscal do Consumo. Em 1943 publica Fogo Morto, novamente na linha do regionalismo nordestino.
Homem extrovertido, apaixonado pela vida, pelos idos de 1947, tornou-se um verdadeiro cronista do Rio de Janeiro em suas colunas no jornal “O Globo”, conhecidas como Conversas de Lotação. Autor de extensa obra, em 1955 foi eleito pela Academia Brasileira de Letras para a Cadeira nº 25, substituindo Ataulfo de Paiva. Vem a falecer em 12 de setembro de 1957, no Rio de Janeiro, aos 56 anos de idade.




Bibliografia:
1932 – Menino de Engenho
1933 – Doidinho
1934 – Banguë
1935 – O Moleque Ricardo
1936 – Usina
1937 – Pureza

1938 – Pedra Bonita
1939 – Riacho Doce
1941 – Água-Mãe
1943 – Fogo Morto
1947 – Eurídice
1953 – Cangaceiros

“A obra de J.L.do Rego é mais, muito mais do que um documento sociológico; é qualquer coisa de vivo, porque o seu criador lhe deu o próprio sangue, encheu-a dos seus gracejos e tristezas, risos e lágrimas, conversas, doenças, barulhos, disparates, e da sua grande sabedoria literária. Deu-lhe o hálito da vida. Essa obra não morre tão cedo. É eternamente jovem, como o povo; é eternamente triste, como o povo. É o trovador trágico da província.” - Otto Maria Carpeaux

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