Maricá/RJ,

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Setembro de 2008
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EUCLIDES DA CUNHA

“Um escritor impopular, uma obra permanente”.

(Direto da Editoria)


Euclides da Cunha, nasceu em Santa Rita do Rio Negro, Município de Cantagalo, Estado do Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1866. Filho de Manoel Rodrigues Pimenta da Cunha e Eudóxia Moreira da Cunha. Com a morte da mãe, Euclides estava com 3 anos e passou a viver com os tios em Teresópolis/RJ, em São Fidélis/RJ, em Salvador/BA e, por fim, no Rio de Janeiro/RJ, onde completou sua formação. Em 1885 matriculou-se na Escola Politécnica, com a pretensão de tornar-se engenheiro. Por falta de recursos, deixou de cursar e matriculou-se na Escola Militar. Só em 1890, na Escola Superior de Guerra concluiu os cursos de Artilharia, de Estado Maior e Engenharia Militar.Também em 1890, em agosto, casou-se com Ana Ribeiro.
Colaborou com “A Província de São Paulo”, onde escreveu artigos violentos contra o governo; com “O Estado”, onde publicou artigos sobre a derrota do General Moreira César nos sertões da Bahia, na luta entre as forças regulares e os sertanejos de Antonio Conselheiro. Foram estes artigos que deram origem ao convite do jornal para que acompanhasse o Ministro da Guerra ao sertão. E foi a cobertura jornalística remetida ao jornal, que deu origem a sua obra mais famosa: “Os Sertões” - escrita quando de seu retorno aos seus afazeres de engenheiro. Em 1904, partiu para o Amazonas, onde permaneceu durante o ano de 1905, chefiando missão demarcadora de fronteiras. Viagem que resultou, também, em páginas definitivas sobre aquela , ainda, tão desconhecida e agressiva região brasileira. Inconformado, com sua situação no Ministério pensava em novas missões na Amazônia para fugir à civilização. Escapulia dos salões para as bibliotecas e passava a maior parte de seu tempo livre em casa. Irritadiço, incomodava-se com a algazarra dos moços e moças da vizinhança que se reuniam em sua casa, perturbando sua concentração. Certa vez expulsara dois estudantes da Escola Militar, Dilermando e Dinorá Reis, amigos de seu filho mais velho. Após seus pedidos de desculpas, os irmãos voltaram a ser os visitantes mais assíduos de sua casa. Em 14 de julho de 1909 foi nomeado Professor de Lógica, para o Ginásio Nacional, entretanto, já sofria séria crise pulmonar: era a tuberculose armazenada durante anos, que explodia e passava por séria crise familiar, que também explodiria em seguida. Em 15 de agosto de 1909, em meio às cenas dramáticas que desenharam o triângulo amoroso formado por Euclides, Ana e Dilermando, morreu tragicamente. Dilermando atirou e Euclides caiu no jardim da casa 214, na Estrada Real de Santa Cruz. Euclides deixou uma obra pequena, numericamente, mas incrivelmente densa.

Fontes: Grandes Personagens da Nossa História, nº 48, Abril Cultural, SP., 1970; Livreto “Homenagem da Prefeitura Municipal de Cantagalo e da Casa de Euclides da Cunha – 80º aniversário da publicação de “Os Sertões”, RJ., 1882 ; LAURIA, Marcio José. Ensaios Euclidianos. Coleção Atualidade Crítica nº 10, Ed. Presença, RJ., 1987

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