Canteiro Literário
Novembro de 2008
O LÍRICO DA COR
Nádia Chaia (Sidewví)
Quando falamos em cultura negra no Brasil nos vem à cabeça, de imediato, a figura do sambista, do capoeira, etc, mas e a poesia?
Pensando em uma cantiga tradicional trazida nos porões dos tumbeiros e que, graças a uma insistente repetição, ainda permanece viva na memória, encontrei bela e suave poesia.
“Ndandalunda(*) menha kisimbi,
Kalunda(**) menha-menha.”
“Ndandalunda – água da fonte,
águas insulares
(tradução livre)
O orgulho de um povo não pode advir somente de sua capacidade de luta e resistência, mas também de sua alma, de seu lirismo, de sua capacidade de respeitar e reverenciar aquilo que não é visto pelos olhos, mas sentido na pele, na alma, em todo um ser.
Quando falamos em cultura negra no Brasil nos vem à cabeça, de imediato, a figura do sambista, do capoeira, etc, mas e a poesia?
Pensando em uma cantiga tradicional trazida nos porões dos tumbeiros e que, graças a uma insistente repetição, ainda permanece viva na memória, encontrei bela e suave poesia.
“Ndandalunda(*) menha kisimbi,
Kalunda(**) menha-menha.”
“Ndandalunda – água da fonte,
águas insulares
(tradução livre)
O orgulho de um povo não pode advir somente de sua capacidade de luta e resistência, mas também de sua alma, de seu lirismo, de sua capacidade de respeitar e reverenciar aquilo que não é visto pelos olhos, mas sentido na pele, na alma, em todo um ser.
(*) kianda - espírito das águas doces
(**) insulano - habitante das ilhas
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