Maricá/RJ,

Editorial


O ano de 2010 começou com inúmeras iniciativas que estão marcando, em todo país, várias ações ligadas à condição dos negros e dos índios e contra a exclusão destas populações.

Na área da Cultura e com relação aos afro-descendentes, eventos nacionais e internacionais estão apresentando e discutindo temas como intolerância, apropriação de conhecimento e racismo, dentre outros.

E desde a pré-Conferência Nacional de Cultura Afro-brasileira (fevereiro 2010); passando pela Conferência Nacional de Cultura (março 2010); pelo II Encontro Ibero-Americano para uma Agenda Afro descendente nas Américas (II Encontro Afro-Latino – maio 2010) e VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (julho 2010), foram colocados para amplos debates, cinco eixos estratégicos, quais sejam:

a) Produção Simbólica e Diversidade da Cultura Afro-brasileira; b) Cultura, Cidade e Cidadania Afro-brasileira; c) Desenvolvimento Sustentável e Cultura Afro-brasileira; d) Economia Criativa e Cultura Afro-brasileira; e e) Gestão e Institucionalidade da Cultura Afro-brasileira.
Mas, “Segundo o estudo “Inclusão indígena e exclusão dos afro-descendentes na América Latina”, em quase todos os casos de reforma multicultural, os grupos indígenas foram muito mais bem-sucedidos na obtenção de direitos do que os afro-descendentes”. (Revista Palmares, No. 6 – março 2010).

Diante de tantos movimentos, tantas conquistas e tantas mudanças, mais imprescindíveis se tornam veículos como nosso Jornal virtual Kilombo Cultural, que promove intercâmbios; estimula estudos em torno da Lei 11.645/2008 e sua aplicação; publica e divulga textos, imagens, criações de artes de artistas negros de várias áreas e outros artistas que trabalhem os temas afro-brasileiros; apóia e participa de eventos culturais e/ou educacionais; etc.

Em nossa Região, busca penetrar nas Escolas, participar das ações pedagógicas e, de alguma forma, trazer à tona as dificuldades e desafios para os estudos dos temas, bem como, para a implementação da Lei, através do intercâmbio e da participação de estudantes e professores.

Kilombo Cultural pretende intensificar sua participação em movimentos e/ou ações direcionadas à população indígena, tanto quanto vem – desde sua criação – atuando nas questões relativas à população negra.
Segundo dados do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios/IBGE), divulgados no início de 2010, o Brasil ganhou 3,2 milhões de pessoas autodeclaradas pardas e perdeu 450 mil pessoas brancas (Revista Palmares, no. 6, março 2010).
E é com estes dados que a Educação e a Cultura devem trabalhar estes temas, estas questões e a abrangência da Lei.

Kilombo Cultural está aberto às contribuições que venham somar.

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